sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


---"INÍCIO DO MUNDO VERSÃO YORUBA”
----Os nagôs e a morte.



Odudua, que foi consultar Ifá, fazia suas oferendas a Èsú, seguindo os conselhos dos Babalawo, ela trouxera cinco galinhas, das que tem cinco dedos em cada pata, cinco pombos, um camaleão, dois mil elos de cadeia e todos os outros elementos que acompanham o sacrifício. Esú apanhou estes últimos e uma pena da cabeça de cada ave e devolveu a ODUDUA a cadeia, as aves e o camaleão vivos. Odudua consultou outra vez os babalawo que lhe indicaram ser necessários, efetuar em egbo, isto é, um sacrifício, aos pés de Olorun, de duzentos igbin, os caracóis que contêm "sangue branco", a água que ameniza omi - ero. Quando Odudua levou o cesto com igbin, Olorun aborreceu-se vendo que Odudua ainda não tinha partido com os outros. Odudua não perdeu sua calma e explicou que estava obedecendo à ordem de Ifá. Foi sim que Olorun decidiu aceitar a oferenda e ao abrir seu Apere-Odu, espécie de grande acento onde realmente ele esta sentada para colocar a água dos igbin, viu, com surpresa, que não havia colocado no apo-iwa "saco da existência", entregue a Obatala, um pequeno saco contendo a terra. Ele entregou a terra nas mãos de Odudua para que ela, pôr sua vez, a enviasse a Obatala. Uchoa partiu para alcançar Obatala. Ela o encontrou adormecido ao pé de uma palmeira, com todos os orisa em sua volta, que não sabiam o que fazer. Depois de tentar em vão acordá-lo, ela apanhou o apo-iwa que estava no chão e voltou para entregá-la a Olorun. Este decidiu, então, encarregar Uchoa da criação da terra. Na volta de Uchoa, Obatala ainda dormia, ela reuniu todos os orisa e explicou-lhes que fora determinado e deslizou até o lugar indicado, pôr cima da águas Ela lançou a terra e enviou EYELE, a pomba, para espalhar. EYELE trabalhou muito tempo, para o sucesso da tarefa, Uchoa enviou as cinco galinhas de cinco dedos, estas removeram e, espalharam a terra imediatamente em todas as direções, à direita, à esquerda, e ao centro. Elas continuaram durante muito tempo. Uchoa quis saber se a terra estava firme. Enviou o camaleão que, com muita precaução, colocou primeiro uma pata, tateando, apoiando-se sobre esta pata, colocou a outra e assim sucessivamente até que sentiu a terra firme sob suas patas. Quando o camaleão pisou pôr os lados. ODUDUA. Tentou pôr sua vez. Uchoa foi à primeira entidade a pisar a terra, marcando-a com sua primeira pegada. Essa marca é chamada “ese 'ntàiyé Oduduwa”. Atrás de Oduduwa vieram todos os outros orisa colocando-se sob sua autoridade, começaram a instalar-se. Todos os dias Orunmila, patrão do oráculo de Ifá consultava Ifá para Uchoa. Nesse meio tempo OBATALA acordou e vendo-se só sem o APO-IWA retornou a Olorun, lamentando-se de ter sido despojado do APO-OLORUN tentou amenizar e em compensação transmitiu-lhe o saber profundo e o poder que lhe permitia criar todos os tipos de seres que iriam povoar a terra.



MITO DA CRIAÇÃO YORUBA

Obatalá

Segundo a concepção yoruba , todo o processo de existência se desenvolve no plano físico – o aiye – e no sobrenatural – o orun.

Tudo o que se manifesta no aiye tem a sua pré-existencia no orun. Tudo o que existe no plano material possui o seu doble no Orun.

Dentro da tradição yoruba, a existência dinâmica se deve à manifestação de uma força que se denomina Ase. Sem Ase não haveria possibilidade de existência e realização, pois dele decorre todo o processo vital, como essência e forma. Tanto as divindades como toda entidade animada estão impregnadas de Ase.

Como força vital, Ase é plantado, cultivado, renovado e compartilhado. Como toda energia no Universo manifestado, Ase é gasto e renovado. Receber Ase significa incorporar as representações matérias e simbólicas que representam os princípios vitais de tudo que tem existência no aiye como reflexo do orun.

Ase , como força, é neutro, mas detém qualidades e caraterísticas dos elementos que contém e veicula. Ase é a energia contida numa grande variedade de substâncias representativas dos reinos animal, vegetal e mineral, que se propõe movimentar.

Os elementos portadores de ase podem ser agrupados em três categorias, chamadas “sangues” – porque o sangue é o veículo energético por excelência:

Sangue vermelho

Sangue branco

Sangue negro

Todas as cores encontradas na natureza vinculam-se, em última instância, a uma das cores primordiais vermelha ( amarelo, laranja) ou negra (verde, azul, lilás, cinzento). O amarelo é, portanto, uma variedade do vermelho, como o azul e o verde são variações do negro.

O sangue vermelho compreende:

No reino animal – todo tipo de sangue, humano e animal

No reino vegetal – azeite de dendê, ossun, mel

No reino mineral – cobre, bronze, ouro

O sangue branco compreende:

No reino animal – o plasma do igbin, o sêmen, a saliva, o hálito, as secreções, o marfim, os ossos

No reino vegetal – a água, o álcool contido nas bebidas brancas, a manteiga de ori, o inhame

No reino mineral - efun, sal, prata, chumbo, conchas

O sangue negro compreende:

No reino animal – as cinzas dos animais

No reino vegetal – a terra, sementes, o sumo das folhas , o waji

No reino mineral – o carvão, o ferro, as pedras

Alguns lugares, objetos ou partes do corpo humano podem ser impregnados de ase: a língua, o coração, as vísceras, os órgãos genitais, os dentes e ossos, assim como também as raízes, árvores, sementes, as pedras e cristais, os rios, o mar, as florestas e o fogo.

A prática da religião yoruba consiste em atuação através da manipulação dos ase branco, vermelho e negro.

Como dogma, baseia-se na fé numa Divindade Absoluta – Olodumare, na crença na existência e na sobrevivência da alma como sopro divino – emi, nas conseqüências das ações humanas – ewo, e na Lei moral ditada pela consciência de cada um, que permeia a vida cotidiana – ifa aya.


ORIXAS DA MITOLOGIA YORUBA


Principais orixás

Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades, chamadas deorixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte.

]Orixás

  • Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
  • Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia.
  • Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
  • Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
  • Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
  • Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá.
  • Xapanã (Obaluaiyê/Omolu), Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
  • Oxumarê, orixá da chuva e do arco-íris.
  • Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos.
  • Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger
  • Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro e amor.
  • Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de todos os Orixás de origem yorubana.
  • Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana.
  • Yewá, orixá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora.
  • Obá, orixá feminino do rio Oba, uma das esposas de Xangô juntamente com Oxum e Iansã.
  • Axabó, orixá feminino da família de Xangô
  • Ibeji, orixás gêmeos
  • Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).
  • Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
  • Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna.
  • Onilé, orixá relacionado ao culto da terra.
  • OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá, o mais respeitado Orixá, Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.
  • Ifá ou Orunmila-Ifa, orixá da Adivinhação e do destino.
  • Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
  • Oranian, orixá filho mais novo de Odudua.
  • Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká.
  • Olokun, orixá divindade do mar.
  • Olossá, orixá dos lagos e lagoas
  • Oxalufon, orixá velho e sábio.
  • Oxaguian, orixá jovem e guerreiro.
  • Orixá Oko, orixá da agricultura.

Mito da criação

Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun.

Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse ohomem.

Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.

Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação.Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


yemonja


Orígem e História
No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.
È a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja as do mar. Seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo se tranferiu para a região de Abeokutá, levando consigo os objetos sagrados da deusa, e foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, sua orígem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem a essa orígem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Yemonjá.Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo; É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgão que a relacionam à maternidde, ou seja, sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.Yemonjá que se estende na amplidão,Aiyabá que vive na água funda,Faz amata virar estrda, Bebe cachaça na cabaça, Permanece plena em presença do rei.Yemonjá se vira quando vem a ventania,Gira e rodopia em volta da vila.Yemonjá descontente destrói pontes.Come na casa, come no rio...Mar, dono do mundo,Que sra qualquer pessoa.Velha dona do mar.Fêmea flauta, acorda em acordes na csa do rei,Descansa qualquer um em qualquer terra.Cá na terra, cala-à flor-dàgua, fala...
Yemonjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a ãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons em seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.Yemonjá foi violentada por seu próprio filho, Orugan; Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e deus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Yemonjá acabou se desmanchando em suas próprias lágrimase trasformando-se num rio que correu em direção ao oceano. Por tanto não é por acaso que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.Dissimulada, e aridlosa, Yemonjá faz uso da chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de sí.vÉ conciderada a mãe da maioría dos Orixás de Orígem Iorubá. É o tipo de mãe que quer os filhos sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando os perde é capaz de desequilibrar-se completamente.Yemonjá é a mãe que não faz distinção dos seus filhos, sejam como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez irromper um grande guerreiro. Yemonjá criou Omulu, o filho de senhor, , o rei da terra, o próprio SOL.

otyin


Dois Orixás iorubas que não apreciam contato com muita gente é: o mago Ossaiyn, o solitário senhor das folhas, e Odé Otin, a caçadora. Possuem em comum o gosto pelo individualismo e o ambiente que habitam; a floresta virgem, as terras verdes não cultivadas.


A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente. É o território do medo. Odé Otin é um Orixá feminino responsável pela fundamental atividade da caça. É tradicionalmente associado à lua e, por conseguinte, à noite, as Iyá mi Ajés e os pássaros da noite, pois a noite é o melhor momento para a caça. Odé Otin e Ossaiyn têm na floresta o próprio fim, nela se escondem. O primeiro para capturar os animais, o segundo para poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.


Otin mora nas águas com Iyemanjá, Erinle e Oxum e na floresta com os irmãos Ossaiyn, Ògún e Odé, no cultivo com Òrìsà OkoOdé Otin e Ossaiyn representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência. No Candomblé, a cor verde é consagrada a Ossaiyn por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para Odé Otin, um azul pouco mais vivo e claro que o de Ogum, numa transição cromática.


Odé Otin é um Orixá que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. Seu combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação da tribo, sendo por isso consagrado como protetor dos caçadores e eterno provedor da subsistência do gênero humano. Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Protege os antagonistas, a caçadora, e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta. Por isso Odé Otin nunca aprova a matança pura e simples, para ele a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou os rituais para os deuses, sendo símbolo de resistência à caça predatória. O conceito de liberdade e independência para Odé Otin é muito claro. Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados. Em alguns cultos, também se atribui à ela o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência. Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios, um ofá arco e flecha, uma lança.


O mito da caçadora identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados, num sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros. Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Odé Otin o identifiquem não com uma negra, como manda a tradição, mas com uma Índia. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o ofá

oya


OYa a deusa guerreira

Oya é a deusa e senhora dos ventos me das tempestades, dominadora dos eguns, sendo assim um Orixá de grande poder sobre os espíritos desencarnados, tanto na África como no Brasil, esta deusa se popularizou como um grande mito do candomblé, a mesma é predominantemente cultuada também com o nome de Oya. Sua dança simboliza os guerreiros, dança com os braços estendidos e balanceia tal qual as tempestades e ventos desencadeados .Oya é a divindade do rio Nigéria. Devasta e destrói os obstáculos á a sua frente, nenhum Orixá quer se ligar ao seu amado como ela, mas ninguém quer ser ao mesmo tempo tão independente como iansã. Gosta de ser vista de viver intensamente, de destacar-se em tudo o que faz.
O nome iansã , de acordo com as lendas africanas, significa mãe da transformada em neve.
É a divindade do prazer , da sinceridade, e da busca extrovertida, da paixão e da felicidade. É o símbolo da mulher guerreira, gosta da luta e tem tanto na guerra quanto no sexo,ou seja,nas emoções fortes, arrebatadoras a ponte para continuar vivendo.
Grande conhecedora da magia encantadora . Iansã foi uma princesa Nigeria . orixá dos ventos e das tempestades.
Deusa guerreira e senhora dos Eguns,os espíritos dos mortos, Iansã exerce seu domínio sobre o fogo, os raios, os ventos
e as tempestades. Seus atributos são a sensualidade, a coragem e o dinamismo. Em suas mãos traz sempre uma espada, símbolo da guerra, e um eruxeim, espécie de chicote
que usa para impor-se aos desencarnados. Seus pais são Iyemonja e Oxalá. Está associado a Santa Bárbara.
IANSA OU OYA
MESAN = novembro

Dia da semana quarta feira
Cores vermelho = ativa e fogo ou marrom = sensualidade e pés no chão
Saudação Eparrei ( olá = jovial e alegre)
Numero 9
Elemento ar (vento)
Domínio ventos e tempestades
Vela vermelha (traz coragem , impulso)
Instrumento irexim (cabo de ferro ou cobre com rabo de cavalo)

Iansã é o orixá de um rio conhecido como Níger, cujo nome original, em ioruba, é Oyá ( versão pouco difundida no Brasil).È a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias.Deusa dos raios, relâmpagos, ventos e tempestades, Iansã sempre impressiona pelo seu temperamento ardente, sensual, impetuoso e justiceiro, características de seu comportamento.
É muito conhecida no Brasil, onde existem eleguns (eleitos, preferidos do orixá) seus.Foi a primeira esposa de Xangô; atraída por seu tipo elegante e fino, abandonou rústico Ogum, com qual era casada.
É o único orixá que não teme os mortos ou eguns, dominando-os com o iruexim( instrumento feito com rabo de cavalo).È a senhora absoluta do culto ao egungum ( ancestral divinizado, mortos de família).
Divide com Xangô o poder da justiça e sua permanência no cotidiano, enfrentando, inclusive, guerras para o domínio da tribo.È o orixá que não teme nada.
Quando se manifesta em um de seus iniciados, ela está adornada com uma coroa, cujas franjas escondem seu rosto.Traz consigo uma espada, o iruexim e chifres de búfalo enfeitando as roupas; há uma alusão descoberta por Ogum.
Durante a cerimônia, ela evoca as tempestades e os ventos através de seus movimentos de dança, abrindo os braços estendidos para a frente com gestos rápidos.

Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias.De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo.O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher.Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre.
Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo.Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro.Depois foi á cidade, e passou a seguir a mulher até que criou coragem e começou a cortejá-la.Mas, como toda mulher bonita, ela recusou a corte.
Quando anoiteceu, ela voltou à floresta, e, para sua surpresa, não encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava.Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que Lea não era uma mulher e sim um animal), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa.
Chegando em casa, Ogum explicou a suas outras esposas que Iansã iria morar com eles e que hipótese alguma deveriam insultá-la.
Tudo corria bem; enquanto Ogum saia para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa.
Desse casamento nasceram nove crianças. O que despertou os ciúmes das outras esposas, que eram estéreis.Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã.Depois que Ogum dormiu, as mulheres foram insultá-la, dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro.
Iansã encontrou então sua pele e seus chifres.Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos.Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso.Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo, bater as duas pontas; com esse sinal ela viria socorrê-los imediatamente.É por esse motivo que os chifres estão presentes nos assentamentos de Iansã.
Divindade dos ventos e relâmpagos é audaciosa, temperamental e autoritária . Os filhos desse orixá não suportam a traição , mas não são fieis . Mulheres assim tendem a fazer de tudo uma festa. A sensualidade é uma aliada, usada em todas as esferas da vida . Ciumentas . demonstram sentimentos com muita facilidade

nanã


Nana buruku

E a deusa matriarca das avos, é a iaba mais velha de todas é a mãe das águas paradas dos pântanos e a mais velha das deusas das águas. Ela faz o caminho inverso da mãe das águas doces Oxum pois é ela quem conduz ao terreno do astral as almas daqueles que Oxum colocou no mundo real.
Essa deusa tem como elemento a terra fofa que recebe os cadaveres os acalanta e os esquenta numa recepção demonstrativa do ventre da vida intra uterina, por isso é considerada também a senhora do reino da morte. Alem de ser associada com a terra, é representante da velhice. Nana é as vezes perigosa e vingativa, mas as vezes se encontra desprovida de seus maiores poderes e por esse motivo, seu caráter é de difícil definição. Nana, como dizem as lendas é o principio e o fim de tudo. Ela é uma deusa um pouco seria e desprovida de senso de humor,as vezes com uma visão cansada, demonstra irritação. Como sabemos, só após a morte é que poderá acontecer para cada um uma nova encarnação em num novo nascimento, a vivencia de um novo destino o inicio de uma nova vida , sendo assim Nana, é a responsável por esse processo.
Deusa dos pântanos representa a memória ancestral da humanidade pré histórica. Orixá da vida e da morte.
Nana a iaba que é representada pela chuva fertilizando a terra (lama) tem como compartimento base a água, mas também a Terra.
Nana Buruku, a Deusa dos mistérios é uma divindade de origem simultânea , a criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada , que já existia , e liberou o saco de criação a terra . No ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos local onde se encontram os maiores fundamentos de Nana, Senhora de muitos búzios. Nana sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e para os povos jeje da região do antigo Daomé , significa mãe. Sendo a mais antiga divindade das águas ela representa a memória ancestral de nosso povo, é a mãe antiga (Iya Agba) por excelência . É a mãe dos orixás Iroko, Obaluaye e Oxumare, mas por ser a deusa mais velha do Candomblé é representada como mãe de todos os outros orixás.
Nana é principio meio e o fim o nascimento, a vida e a morte . Ela é dona do Axé por ser o orixá que da vida e a sobrevivência , a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.
As águas paradas e lamacentas dos pântanos tem uma aparência morta e a primeira vista ninguém imagina que por trás daquelas águas possa existir a vida, que sobe a benção
De Nana a vida de plantas de grande fundamento como o oxibata e oju-oro é possível. Essas plantas buscam nas profundezas das lagoas , na lama, a vida e o sustento . Nana é alma da água que permite ao oju-oro e ao oxibata nascer, viver e florescer.
Entre os símbolos de Nana esta o ibiri. Que é feito com palitos do dendezeiro e nasceu junto com ela na sua placenta . Ele representa a multidão de eguns, que são seus filhos na Terra dos homens, e Nana o carrega como mimasse uma criança. Os búzios que simbolizam morte por estarem vazios e fecundidade porque lembram os órgãos genitam femininos, também pertencem a Nana.
Contudo , o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nana~é o grão pois domina também a agricultura e todo o grão tem que morrer para germinar.
Nana assegura uma vida saudável e com bastante força aqueles que a agradam, pode ajudar na maternidade, principalmente quando tudo indicam que a criança não vai vingar mas sua principal função é garantir o grão e o pão de cada dia a todos os que merecem.
Nana, não roda na cabeça de homem , aliás , Nana abomina a figura masculina , pois o homem através do esperma liquido que símbolo de Oxalá semeia o óvulo e gera uma nova vida.
Nana é a morte que reside no âmago da vida que possibilita o renascimento. A vida é tudo que representa o
esperma (homem) e o sangue são considerados tabus para Nana.
Essa orixá é tão antiga que, muitos mitos surge como criadora do mundo,no mesmo nível de oxalá ou do supremo Olorum (que é o céu).No candomblé aparece como esposa de Oxalá e recebe o carinhoso apelido de vovó.Seu domínio é a lama,mescla de terra e água, de onde surge a vida.Está ligada
A riqueza, a fertilidade, a morte e do renascimento.Corresponde a Santa Ana , Mãe de Maria.

yewa


EWA


Rainha do céu estrelado das ilhas e penínsulas, senhora da chuva e das transformações dona da faixa branca do arco-iris . muitas são as imagens de ewa, deusa casta que tem o dom de se tornar invisível e conhece os segredos de ifa, o deus da adivinhação . Filha de Yemonja e Oxalá , Ewa está associada a Nossa senhora das neves.
E a cobra fêmea do candomblé, que não dorme, sendo portanto a senhora das vistas. Preside sobre a prisão. No caso de assentamento se difere das Igbas , porque seu igba é uma cobra de metal amarelo enroscado, que fica sobre o ota.Suas cores são amarelo e vermelho, em algumas casas a fusão destas duas cores é o laranja.
Mãe dos pássaros, serpente azul dona da visão
É uma orixá muito severa e reclusa, intimamente ligada a morte , vela pelo cadáver enquanto este é posto a descansar,.
Come patas, frangas virgens, pombo e galinha dángola, cabras virgens.
Ewa era uma bela virgem que entregou seu corpo jovem a Xangô, marido de Iansã, despertando a ira da rainha dos raios.Ewa refugiou-se nas matas inalcançáveis sob a proteção de Oxosse, e tornou –se guerreira valente e caçadora habilidosa. Ewa conseguiu frustar a vingança de Iansã, afastou-se de si a morte certa.As virgens contam com sua proteção, e aliás, tudo o que é inexplorado conta com sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode navegar ou nadar. A própria Ewa, acreditam alguns que só rodariam em mulheres virgens ( o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem. Ewa domina a vidência atributo que o deus de todos os oráculos. Orumila lhe deu.
Ewa é o Orixá da beleza e dos mistérios, senhora do céu estrelado, rainha do cosmo.Hábil caçadora. Ewa está relacionada a mata, a água e o ar , é a deusa dos rios e lagos do céu cor de rosa, das florestas inexploradas. Ewa esta nos lugares que o homem não alcança, onde só a natureza e os deuses se manifestam. Além da faixa branca, do arco-iris. Ewa é representada, pelos raios brancos do sol, pela neve, pelo sumo branco das folhas, pelo semem e pela saliva.Ewa tem como símbolo um ofa dourado, ou uma lança ou arpão, e as vezes traz uma pequena espingarda eventualmente pode carregar uma serpente, carrega também uma cabaça de cabo alongado enfeitada com palha da costa, além é claro, da espada, insigna das grandes guerreiras. As palmeiras com folhas em leque também simbolizam Ewa exótica, bela, única e múltipla.
Como se pode notar, Ewa é considerada a metade mulher de Oxumare, a faixa branca do arco-iris na verdade ela mantém fundamentos em comum com Oxumare inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, , sua esposa , filha ou irmã. Quando cultuada na nação ketoEwa, dança ilú, havamunha e aguerê, na cultura jêje, onde suas danças são impressionantes prefere o bravum e o Sato., e dança acompanhada de Oxumare, Omulu e Nana.Nas festas de Olubaje Ewa não pode ser esquecida deve receber seus sacrifícios e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas, banana da terra frita em azeite.Orixa cobra fêmea esposa de oxumare . orixá do ar

obasy


Orígem e História
- Obasy, rio revolto - Obasy, mística e idosa, com bons costumes, porém, grosseira. - Obasy, mulher valente, orixá de uma orelha só. - Obasy, quando em fúria transborda, agita-se.
Obasy é a senhora da sociedade elekoo, porém no Brasil esta sociedade está muito restrita, sendo assim , esta sociedade passou a cultuar egungun. Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixa. Ela é uma das três esposa de xangô. Oxum aconselhou a ela que retirasse uma das orelhas para dar a xangô em um prato de caruru, ela o fez, quando viu que oxum não tinha feito isso antes, evocou-se e as duas brigaram, xangô em sua ira as expulsou de casa, transformando-as em dois rios.
Tudo relacionado a Obasy é envolto em um clima de mistérios, e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse da família ji, ao passo que outras a cultuam como se fosse um Xangô fêmea. Obasy e ewa são semelhante, são primas e ambas possuem oro omi osun. Ela usa ofá (arco e flecha) assim como Ewa e ambas são identificadas também com Odé. Obasy usa a festa da fogueira de xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de xangô mais fieis a ele.
OBA é ORIXÁ ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Conta e lenda que OBA, repudiada por XANGÔ. vivia sempre rondando o palácio para voltar.
XANGÔ fica horrorizado com a mutilação e expulsa-a para sempre. 0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao contrário de IANSÃ, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas. OBA é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela. Talvez porque nos dias de hoje, mesmo na África ou Brasil, não há espaço para essas caracteristicas do feminino, que cada vez mais recupera seu poder de YANSÃ.
Obá é amulher consciente de seu poder, que luta e reinvidica seus direitos, que enfrenta qualquer homem --menos aquele que tomar seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas se rende a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama. Obá nasceu do ventre rasgado de Yemonjá após o incesto de Orugan, ela e mais um sem-número de Orixás. Em toda a África Obá era cultuada como agrande deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudda como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino. Obá lutou contra todos os Orixás, venceu a batalha contra Oxalá, derrotou Xangô e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses.
Obá, Obá, Obá, Orixá do ciúme, Terceira mulher de Xangô.O açoite do ciúme gravado na carne.Fala da fama do marido,Move mágoas na madrugada,Come cabrito pela manhã.
Discutindo cm Oxum,Não foi a Kossó com Xangô.Obá abraça os braços do marido,A parte do seu corpo que a prendeObá sabe que é bom.
Embora Obá tenha se transformado em rio, é uma deusa relacionada ao fogo, pois, quem conhece o rio Obá, na Nigéria, sabe que é um rio de águas revoltas, em constante movimento, por isso é sinônimo de fogo. Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o colário inevitável do amor, por tanto Obá é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer qe é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração. Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, se dedicar à guerra? Toda energia de suas paixões frustradas ela canaliza para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada. Mas será que Obá nunca foi amada de fato?
Obá troca um palácio por uma tapera, troca todas as riquezas do mundo por uma frase: "Eu te amo

oxum a deusa do amor


Oxum a deusa do amor

Oxum é a deusa das águas doces do ouro, e do amor. É uma das deusas mais conhecidas e cultuadas nas religiões afros, principalmente no candomblé
O nome dessa deusa deve-se ao rio nigéria . Representa a divindade deusa das águas doces, e reconhecidamente a deusa mais vaidosa do Candomblé representa também a vaidade e a riqueza. Dança com um leque de cobre na mão, com atitude de uma mulher faceira. Veste-se com roupas de rainha, usando suas verdadeiras cores que é o amarelo ouro e o branco neve , apresenta-se sempre usando lindas jóias como uma autentica rainha.Os tesouros de Oxum encontran-se guardados no palácio de Ataoja, uma cidade da Nigéria.E tida como verdadeira protetora da beleza e do amor e da juventude . Mas é associada a maternidade . Segundo as lendas 0o sábado era o dia em que Oxum passeava com seu manto de seda e exibia suas argolas de coral.Foi ela a escolhida para receber de Ifá o jogo de búzios que era de Exu. Seus filhos são geralmente excelentes jogadores d e búzios. O candomblé glorifica todas as deusas e deuses, mas principalmente a deusa das águas doces Oxum.
Orixá da fertilidade e das riquezas.
Bela , vaidosa e sensual oxum é a deusa do amor e a mais feminina de todas as divindades do Candomblé.Rege a fertilidade e o poder da gestação. É a senhora das águas doces que irrigam os campos, garantindo fartura e também do ouro. Por isso identifica-se com todas as manifestações de riqueza.Está associada à virgem Maria,principalmente a Nossa Senhora das Candeias e nossa Senhora Aparecida. É filha de Oxalá e Yemonja.

(Rio que passa por oxogbo, cidade nigeriana)
Dia da semana:sábado
Cor:dourado
Saudação:ora ieieo brincar nas águas
Número 5
Elemento água doce
Domínio águas cachoeiras maternidade
Vela dourada atrai sorte e sabedoria
Instrumento abebe espelho


Nome de um rio em Oxogbo , cidade localizada na província de Ibadã, na Nigéria , Oxum era a segunda esposa de Xangô, tendo tmabém vivido em outras épocas com Ogum e oxosse. Sua morada ´e nas cachoeiras e rios dee água doce (axé de muita importância , sem, a qual não haveria vida na terra) onde costumam lhe entregar comidas e presentes.
Na África é chamada de Iyalode, cargo ocupado pela mulher mais importante da cidade.
Apesar da forte marca que oxum carrega de naternidade, assim com Yemonja , é geralmente associada e representada por uma deusa jovem. Foi rainha de oyo, onde as mulheres que queriam engravidar procuravam-na sendo respeitadíssima como feiticeira
É considerada a deusa da beleza e do dinheiro, sendo a ela atribuído um gosto refinado por tudo o que é caro.
Aqui no Brasil associa-se Oxum a ouro- afinal , é oi metal mais valioso que conhecemos.Por sua beleza coquete e faceira, Oxum conquistou vários amores, mostrando sua ligação com a docilidade.
Sua dança insiste nesse aspecto : imitam-se os gestos delicados de uma mulher sensual que toma banho no rio, usa um pente de tartaruga, um espelho e um leque, sempre com muita graça.
Como todos os outros orixás, existem diversos tipos de Oxum de acordo com a proximidade de uma tribo ou a profundidade do rio . oxum pode ser maternal ou uma jovem feiticeira, ou ainda uma guerreira.
O abebe (espelho) e o leque fazem parte de sua indumentária , juntamente com roupas vistosas
Quando orumila estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças.Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma.Por isso, Oxum é considerada a orixá da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita mirando-se em seus espelho(abebe) e abanando-se com seu leque (abele).
Segunda esposa de Xangô, considerada a mais bela de todas , teria sido presa pelo marido ciumento na torre do castelo que habitavam.Passando por ali,Exu ouviu o choro de Oxum e quis saber qual a razão de sua tristeza.Após ouvir a história, pediu a Orumilá que intercedesse por ela.
Este assim o fez espalhando sobre a bela oxum um pó mágico que a transformou em pombo,possibilitando a fuga .Por isso nos cultos a Oxum, a pomba é considerado um animal sagrado.
Senhora das águas doces cuida do amor e da vida financeira. Oxum controla a fertilidade e a gravidez . Também foi a primeira mãe de santo.Suas filhas são amáveis, elegantes e adoram jóias, perfumes e roupas caras , sonhadoras e boas amigas , evitam chocar a opinião pública á qual dão grande importância. Sob a aparência sedutora , escondem grande ambição.

Ibejis


Ibejis
Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gêmeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda. Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
Lenda De Ibeji
Existia num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
Dados De Ibeji
Cores: Azul celeste-RosaMetais: TodosPredominância: Infância,Diversão,Inocência,LiberdadeDia Da Semana: TodosDia Do Ano: 12 De OutubroSincretismo: São Cosme e DamiãoSaldação: Ibeji Mim Asé
IBEJI (ib: "nascer"; eji: "dois")
Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o orixá Erê, ou seja, o orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega.
Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
A lenda, a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivendo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!

OXALA


OXALA


Este orixá , é tido como o deus dos deuses , é ele o Orixá que controla as funções da reprodução, da criação, e da procriação, . Esse orixá representa o céu o principio de tudo.
Oxalá , de acordo com a hierarquia sacerdotal, está abaixo de Olorum, porém é o Orixá chefe que comanda o universo, é o soberano, o mais venerado de todos, é o deus sol. É representante do patriarcado. Perante a mitologia yorubá representa o princípio, o gerador em potencial e responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra , é quem permite a consagração no sentido masculino do termo.É tido como o pai de todos os Orixás, com exceção de Logun-Ede, que é filho do Orixá Oxossi o deus das matas e a deusa Oxum, a deusa das águas doces,
Devido a Oxalá a cor brancas está associada aos cultos afro- brasileiro em geral e principalmente ao candomblé.Essa é a cor desse maravilhoso orixá, por ele ser a soma de todas as cores, sendo assim é também a cor do esperma que é a participação masculina na geração de um novo ser.
A ele foi atribuído o trabalho de criar o mundo, função esta a ele delegada por Olorum. Segundo as lendas esse Orixá foi enviado para criar o mundo . O sol é uma das forças inteligentes da própria essência de Oxalá como o vinho da palma.
O senhor da vida é um raro caso de monogamia entre os Orixás Africanos. Orixá da criação da humanidade.Associado a Jesus Cristo, é o pai supremo, que separou o mundo material do mundo dos espíritos.Criou os seres vivos e gerou os orixás.Senhor da vida e da morte de todas as criaturas é austero porém bondoso.Prefere persuadir á impor sua vontade.Suas esposas são Nana e Yemonja. Acima dele está Olorum, o Deus supremo. Eèpàà Bàbá, Òrìsànlá, Òrìsà òkè nínu won gbogbo Òrìsà ! Eèpàà Bàbá( Respeitos ao Pai , O grande Orixá , o Orixá mais alto dentre todos os Orixás ! Respeitos ao Pai )

LOGUN EDÉ


Logum ede


O príncipe de ijexa é uma divindade andrógina que transmite bondade e fartura.
Filho de oxum e de oxosse.
Cores do orixá : amarelo cristal e azul cristal
Durante seis meses do ano, ele vive nas matas seguindo os passos do pai caçador. Nos outros seis meses, ele assume a forma feminina e parte para as águas doces , domínio de sua mãe. Beleza, elegância e poder de sedução são os atributos desse orixá adolescente, que proporciona fartura na caça e na pesca. Logum está associado a São Miguel arcanjo e santo expedito.
LOGUM PRINCIPE ACLAMADO
ODE : LIGAÇÃO COM OGUM
EDE LIGAÇÃO COM OXOSSI


Dia da semana quinta feira
Cores azul turqueza e dourado
Saudação : loci loci Logum ( grita, grita seu brado de guerra , príncipe guerreiro
Números 9 e 6
Elementos ar e água
Domínio matas e cachoeiras
Vela metade azul clara, metade amarela ( afasta a tristeza , atrai sorte, dinheiro e sabedoria
Instrumento ofá arco e flecha e abebe espelho


Erinlê ( uma qualidade de Oxosse ) teria tido um filho de Oxum (uma qualidade de Oxum mais guerreira ) que vive nas montanhas, cujo culto é feito, apesar de raro , em ijexá , Nigéria. Este filho é Logun. No Brasil , especialmente no rio de janeiro , Logum tem numerosos adeptos.
O orixá representaria o príncipe das matas e caças , já que o pai Oxosse é o rei. É um orixá andrógino.Durante seis meses do ano vive nas matas, alimentando-se de caça, e nos outros seis meses meses do ano vive nas águas de oxum., abastendo-se de peixe.Ele representaria uma síntese dos dois orixás. Essa síntese está presente também nas vestimentas míticas e nas oferendas. Seu axé fica concentrado em duas pedras ou otás retirados do mato e outra das águas.
Os símbolos usados por Logum nas danças mostram bem a dualidade que envolve esta divindade ela carrega o erukerê de Oxosse ( espécie de espanta moscas) símbolo do poder usado pelos reis, e o abebe espelho utilizado por oxum.Nos assentamentos do deus , geralmente encontramos como símbolo um cavalo-marinho ou uma pequena imagemd e sereia
Nas danças acontece o mesmo.ora dança como o pai, representando a caça e os golpes de lança, ora aparece banhar-se nas águas como oxum .Logum tem um gênio imprevisível, ás vezes faceiro e coquete como a mãe ou solitário e individualista como o pai.
Logum era filho de oxum, deusa guerreira e oxosse. Eles viviam na montanha, afastados das cidades. Como os pais tinham gênio difícil, viviam brigando, sendo assim , acharam melhor, de comum acordo, viver separados. Oxosse ficaria no alto da montanha e Oxum no seu domínio onde existiam águas e uma bonita cachoeira
Por gostar muito dos dois , Logum ficava dividido: não sabia se caçava com o pai ou se fazia companhia á mãe. Como era um grande feiticeiro, preparou uma poção mágica através da qual durante seis meses teria
Características masculinas- usando um ofá para caça e roupas azul-turquesa- e nos outros seis meses assumiria feições e jeito bem feminino, trajando roupas amarelo douradas e empunhando um abebe (espelho)
Certo dia. Logum estava em companhia de Oxum e , entediado, resolveu dar uma volta: caminhou tanto que chegou até Ifé , reino do orixá Ogum.Com seu jeito carismático, Logum- então com formas femininas- cativou Ogum e foi morar com ele.
Já haviam se passado quase seis meses e Logum esqueceu-se de tomar a poção. Oxum, preocupada com a demora do filho, saiu a sua procura. Tal foi seu espanto ao encontra-lo vivendo com Ogum que expulsou-o de casa. Logum procurou o pai, pois não entendia o que estava acontecendo. Oxosse tsmbém não gostou da historia e colocou-o para fora.Desamparado , ele andou até a cidade de Oyo, onde encontrou Iansã a deusa guerreira dos ventos. Imediatamente ela acolheu e o proclamou príncipe, por sua formosura, apesar da pouca idade. Sabendo da poção mágica, ela fez com que Logum bebesse um pouco, mas de nada adiantou, pois seu efeito já havia passado. Surpreendentemente, porem ele transformou numa pessoa de natureza andrógina, metade homem metade mulher, Iansã que não tem preconceitos vive com Logum até hoje

XANGO


Xango o orixa da justiça


Xangô, é um deus yorubano, que cuida da administração, do poder e principalmente da justiça. Xangô é a divindade que representa a instituição do poder, do domínio, do chamado veredicto final. Ele é a seriedade, a autoridade, o respeito. É o peso, e sensação mais correta para definir-se o que alguém sentea referir-se a esta divindade. Xangô é integridade.irremovivel.É o poderoso, administrador que se curva, á experiência e a sabedoria do velho, patriarca Oxalá. Representa também a autoridade constituída no panteão africano. Os comportamentos desse Deus Yorubano, fazem com que ele seja, identificado no mundo material com a firmeza de uma rocha. Carrega consigo o equilíbrio de sempre agir com neutralidade. Seu raio é eventual castigo é o resultado de um quase processo judicial onde todos os prós e contras foram pesados exausticamente á famosa balança da justiça.
Xangô como ancestral foi o quarto rei legendário da cidade de oyo. Onde foiu considerado como ancestral místico de seu povo. Ele possui igualmente os talismos que lhes permitia emitir fogo e chamas pela boca e pelas narinas. Representa as vezes,um personagem, levando o fogo sobre a cabeça. Seus elementos são a firmeza da pedra e a força do fogo. Seu domínio em termos de atividade humana, é a justiça. O raio e o trovão fazem parte das armas utilizadas pelo Orixá, pois o mesmo tem total domínio sobre as mesmas.
Na África, existe um passaro dedicado a Xangô, chamado Papagori. Os magbas consideram mensageiro especial do orixá que por intermédio de seu canto envia suas mensagens e avisos.
Esse Orixá é o único que possui ministros, que servem como verdadeiros assesssores. Xangô , é um orixá viril e atrevido, violento e justiceiro castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
Por esse motivo, uma casa atingida por um raio , é uma casa marcada pela cólera de xangô. O proprietário deve pagar pesadas multas aos sacerdotes do Orixá que vem procurar nos escombros, as pedras do raio, lançados npor xangô e profundamente enterrados no local onde o solo foi
Atingido.Tais pedras são consideradas emanações de xangô, ee contém o seu poder .o sangue dos animais sacrificados e derramados em parte sobre suas pedras de raio para manter-lhes a força e o poder. O símbolo de xangô, é o machado de duas lâminas estilizado, que seus filhos trazem nas mãos , quando em transe.
Esse oxe parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça. Este fogo é ao mesmo tempo, o duplo machado e lembra de certa forma , a cerimônia chamada ajire, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo.
Xangô valente e protetor ele foi rei de Oio e fundou uma dinastia de heróis lutadores. Orixá da justiça.
Os raios e o fogo e as pedras são o domínio desse orixá orgulhoso e autoritário, associado a São jerônimo,São Pedro e a São João Batista e São Francisco de Assis,Senhor da justiça Xangô pune as iniqüidades e atua sempre para que a verdade prevaleça.No Brasil sua popularidade é tão grande que em Pernambuco, o culto aos orixás recebe o nome de Xangô.

OXUMARE


Oxumare o deus do arco íris

Oxumare ou Dan como também é conhecido é um vodum originário do pais Mahi (gegê). É um deus iorubano representado pelo arco íris , e a serpente Dan simboliza a continuidade, a riqueza,, e da fartura, seu principal objetivo é de sustentar a terra impedindo assim que esta se desintegre.Quando representada pela serpente Dan, morde a própria caula , o que simboliza a continuidade a força vital. Dan mora em certos locais e arvores desconhecidas.A esse orixá,seus maiores cuidados e fundamentos são assentados fora das casas e templos de candomblé.Esse Deus Yorubano é conhecido nas religiões afro, e principalmente, nos candomblés mais precisamente com o nome de Bessem o deus do arco-iris.
Oxumare,Dan ou Bessen não importa a qualificação é uma divindade originária da cultura do Daomé, região – centro norte da África. A ele foi atribuído o poder de controlar as chuvas e as secas já que enquanto o arco-iris brilha não pode chover,
De acordo com as lendas associa-se o Arco-iris ao bem e a serpente Dan ao mal, enquanto o arco-iris traz a boa noticia do fim da tempestade,da volta do sol da possibilidade de movimentação, livre e confortável,cobra é particularmente perigosa. A cobra e o arco-iris porem tem muito mais em comum do que diferenças, pois ambos são representações mitológicas do mesmo fenômeno, que é a existência dos ciclos que se repetem.Ele simboliza os ciclos que não dependem do homem, como o dia e a noite
Os filhos deste Orixá demonstram grande capacidade de dedicação e caridade. Arco-iris
Ele é o arco-iris que liga o céu e a Terra, a serpente que fecunda o solo e gera riquezas. É o senhor da dualidade, do
Movimento, da perpetua renovação.Macho e fêmea, simboliza a interação entre as energias. Em forma, de serpente morde a própria cauda e num girar incessante mantém o equilíbrio entre os corpos celestes. Filho de Oxalá e Nana, está associado a São Bartolomeu.

Òsùmàrè
Aspectos Gerais
· DIA: Terça-feira
· DATA: 24 de Agosto
· METAL: Ouro e prata mesclados
· CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
· COMIDAS: Ovos cozidos com azeite-de-dendê, farinha de milho e camarão seco.
· SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
· ELEMENTOS: Céu e terra
· REGIÃO DA ÁFRICA: Mahi (no ex-Daomé)
· PEDRA: Zirconita
· FOLHAS: Folha de café, alfavaca-de-cobra, jibóia, oriri.
· ODU QUE REGE: Obeogundá e Iká
· DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
· SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!

obaluaye


OBALUAYE/OMOLU


É o orixá que controla a vida e a morte , tendo assim o poder dado por Olorum de curar o homem, trazendo assim a vida ao mesmo e também tendo o poder de tirar a vida do mesmo, quando necessário , é considerado o caridoso médico dos pobres . É também representado pela colheita.
Seu domínio é o universo da doença, tanto a sua causa quanto a sua cura. É um Orixá da cultura Gegê.Esse grandioso é tão venerado Orixá está ligado diretamente aos três princípios básicos do candomble. Que são o branco, que é a cor da luz, cor do esperma, o princípio básico da vida o inicío de tudo. O vermelho que é a força a energia transformadora e energética do fogo , do poder do calor e também do aquecimento. O preto, que é a representação da sombra do desconhecido, do mágico, do oculto e da magia é o atrativo para o não visível.Existem algumas formas deste Orixá , existem as formas guerreiras e as não guerreiras de idades diferentes, mas todas podem ser resumidas pelas duas configurações básicas do jovem e do velho. Independente de sua forma esse Orixá está sempre pronto para castigar os que não o respeitam,não permitindo assim que como Orixá o tratem como trataram enquanto pessoa.Esse Orixá é também considerado na Nação Keto , como rei do mundo e da terra. Dentro das religiões Afro, como um dos mais respeitados e louvados até mesmo outros Orixás. Fazem-lhe reverencias.Esse orixá assim como seus filhos é um Orixá completamente cercado de mistérios e dogmas indevasaveis.A festa anual de oferendas de comidas chama-se (olubajé) no decorrer da qual lhe são apresentados pratos de abérem , milho cozido enrolado em folhas de bananeira, carne de bode, galos e pipocas. Segunda-feira é o dia consagrado a ele. As proibições alimentares das pessoas dedicadas a Obaluaye são carne de carneiro, peixe de água doce de pele lisa,caranguejos
, banana prata, jacas, melões, abóboras e frutos de plantas trepadeiras. O arquétipo de Obaluaye é o das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos , e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima.Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranqüila.Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar , um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários.
Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem estar dos outros , fazendo completa , abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
Orixá andrógino é ele que recolhe as águas que caem na terra e leva ao céu
Seu nome significa “rei” dos espíritos do mundo material.Deus do mistério, obaluae também chamado de Omulu Xapana, inspira medo e respeito.Seu rosto se oculta sobre uma vestimenta de palha da costa,material usado em ritos fúnebres da África.Senhor da doença e da cura pode tirar a vida ou restitui-la filho de Oxalá e Nana está associado a São lazaro e São Roque.
Obaluaie Rei dono da terra. Omulu Filho do Senhor, Sapata Dono da terra , são os nomes dados a Sánpónna ( um titulo ligado a grande calor do sol – tamnbém é conhecido como Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas , é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos.Outra corrente os define como Obaluiae : Oba-ilu;aiye, Rei dono ,senhor da vida, na terra, Omulu Omo-ilu Rei dono senhor da vida
Sua dança o Opanijé (cuja tradição é ; ele mata qualquer um e come) como um ser doente onde mostra suas feridas, o céu e a terra , sua lenda , em outras danças, dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
Sua arma emblema é o Xaxara Sasara, espécie de cetro feito de mão , feito de nervuras da palha do dendezeiro,enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como varre as doenças, impurezase males sobrenaturais.Esta representação nos mostra sua ligação a terra, ao tronco e ramo das arvores, transporta assim o Axé preto, vermelho e branco.Está relacionado com o axé preto terra contido no segredo do ventre fecundado e com os espíritos contidos na terra.
Suas contas como Omolu são vermelho, preto e branco, como Obaluaye o preto e o branco, como Xapana , o preto e o vermelho.Também usa o lagidiba, seu colar ritual feito dos pequenos discos pretos de chifres de búfalo cortado em rodelinhas, é usado para proteger de doenças e tem uma conotação de grau hierárquico . Faz muito uso dos cauris (búzios ) em seu braja (colar de búzios) e nos paramentos. Em uma região é ligado a riqueza e patrono dos cauris e conjunto de 16 buzios + 1 da leitura esotérica erindilogun
Na Nigéria os Owo Erindilogun adoram Obaluaie e usa,, no punho esquerdo uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó
Sua saudação é Atoto quer dizer Silencio escutai , hora da devoção
Sua vestimenta é feita de ikó , é uma fibra de ráfia extraída do Igi Ogóró, a palha da costa elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.É composta de duas partes o Filá e o Axé , a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, O Axé , seu asó-iko(roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros , acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokoto, espécie de calça, também chamado cauçulu, em que oculta o mistério da morte e do renascimento,Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com iko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte
Sua festa anual é o Olubajé Olu aquele que come, ba – aceita, jé, comer ou ainda aquele que come) são feitas oferendas e são servidas suas comidas Seus filhos devidamente incorporados e paramentados oferecem as mesmas aos convidados /assistentes desta festa em folhas de bananeiras ou mamona.Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, de nação para nação , carneiro ,peixe de rio, e de couro , caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca... Tido como filho de Nana , no Brasil , sua origem, forma , nome e culto na África é bastante variado, de acordo com região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obaluaie /Xapana em Tapá (nupê) chegando ao território
Mahi ao norte do Daomé, Sapata é sua versão fon trazido pelos nagôs . Em alguns lugares se misturam em outros são
Deuses distintos , confundido até com Nana Buruku, Omulu em Keto e Abeokutá
Seu parentesco com Oxumaré e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo os outros), onde pode se ver uma lança (Oko Omolu) cravada na terra , esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostas, também em fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (omulu) , Dan (oxumare) e seu filho Loko (iroko)

IROKO


IROKO

Poderosa arvore da floresta, em cujos galhos se abrigam divindades e ancestrais.poderosa arvore da floresta, ao pés da
Qual são depositadas as oferendas para as Yamim Aje.
Poderosa arvore da floresta , cujas raízes alcançam o orum ancestral e o tronco majestoso serve como apoio ao próprio Olofim. Iroko e participe do culto ancestral feito as arvores sagradas (Iroko, Apaoka, Akoko, etc). No Brasil é considerado o protetor de todas as arvores sendo associado particularmente a gameleira branca. Seu culto está intimamente associado ao de Osssaim, A divindade das folhas litrurgicas e medicinais. É o orixá da floresta das arvores do espaço aberto, por extensão governa o tempo em seus múltiplos aspectos., função que o equipara a Airá (divindade da famil´[ia de Sango).
É cultuado pelas nações de origem dahomeana (Mina-Gege. Gege Mahi co o nomede Loko e pelos Banto sudaneses pelo nome de Zaratempo ( a divindade Tempo da Nação de angola).É referido como orixá do grande pano branco que envolve o mundo numa alusão clara as nuvens do céu. As arvores nas quais Iroko é cultuado normalmente são de grande porte, são enfeitados com grandes laços de pano alvo (oja funfun) e ao pé dessas arvores são colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de origem Ketu onde recebe lugar de destaque jamais uma dessas arvores pode ser derrubada sem trazer séria consequências para a comunidade. No culto aos voduns Loko ocupa lugar destacado comparado somente a Lisa (osala) e dan (Osumare). Iroko é invocado em questões difíceis tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental.
Seus filhos são ativos e generosos robustos, na constituçao extremamente atentos a tudo que ocorre a sua volta. Seu dia de culto é Ojo Isegun juntamente com todos os Orixás ligado as matas e Terra
IROKO SENHOR DAS FLORESTAS

Iroko é uma aparição muito rara nos Candomblés. Os segredos de seu culto vão desaparecendo à medida que morrem os sacerdotes mais antigos.
Este Orixá só não desaparece definitivamente porque vive na mais suntuosa arvore que pode haver em terreiro de Candomblé: o pé de Iroko
Iroko é a arvore símbolo do Candomblé .Dizem que não cresce no Brasil, mas isso não é verdade. Na Bahia, e até mesmo em São Paulo ( não com a mesma grandiosidade), pode-se ver essa árvore.Contudo, o mais importante é o significado que a arvore desperta do que o vegetal propriamente dito.Sendo assim, qualquer árvore não leitosa com mais de 100 anos pode ser considerada Iroko,pois toda árvore de grande porte serve de morada aos ancestrais, tornando-se um elo fundamental entre a terra , o chão , e o ar, portanto, são sempre sagradas.
O Orixá Iroko é um dos filhos de Nana Buruku,irmão ,portanto de obaluaie e oxumare.É também chamado de Roko ou Loko, sendo esse nome mais usual nos cultos de procedência jeje-mina e jeje-mahi.
O poder desse orixá foi sentido no tempo da escravidão , como comprova uma de suas historias recentes, que foi testemunhada e divadamente registrada, ratificando a força da árvore sagrada da qual é proprietário.
O Iroko, como qualquer arvore outra árvore, jamais deve ser cortado.Só o tempo pode derrubar Iroko.Um senhor de engenho, certa vez, ordenou a um de seus escravos que cortasse o Iroko, que derrubasse a árvore.Sabendo do poder do Orixá, o escravo recusou-se a fazer o serviço, preferindo o castigo de duzentos açoites a ofender Iroko.Um outro escravo tomou o machado e foi executar a tarefa.No primeiro golpe, caiu morto.Ninguém mais ousou tocar naquela arvore.
A floresta é a morada de Iroko, Um orixá do mato como Oxossi e Ossaim , mas é também a morada dos ancestrais e Iroko é o guardião da ancestralidade.Todas as árvores centenárias, grandiosas,podem ser consideradas Iroko.A palavra Iroko é o mesmo que floresta, mas não se refere propriamente ao espaço físico , ao chão, mas as arvores e a seres que habitam a mata, ou seja, remete ao espaço mágico, pois vários povos consideram a floresta como a morada dos espíritos.
Iroko representa a floresta de arvores centenárias, a morada de todos os ancestrais.É guardião das grandes arvores, de raízes firmes, de estrutura sólida , que resistem as variações do tempo, assistem ao passatempo das gerações primevas e aguardam a chegada das futuras gerações.

ossayin


Òsonyín
Aspectos Gerais
· DIA: Quinta-feira.
· DATA: 5 de outubro.
· METAL: Estanho.
· CORES: Verde e branco.
· COMIDAS: Fumo, mel, milho vermelho, espigas regadas com mel.
· SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
· ELEMENTOS: Floresta e plantam selvagens (terra).
· REGIÃO DA ÁFRICA: Iraó.
· PEDRA: Esmeralda.
· FOLHAS: Peregun, são-gonçalinho, garobinha-mas toda as folhas são de Ossaim.
· ODU QUE REGE: Iká.
· DOMÍNIOS: Medicina e liturgia através das folhas.
· SAUDAÇÃO: Ewé ó!

Origem e História
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam seu poder, sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem sua presença, nenhuma cerimônia pode se realizar, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde da folhas.
As folhas de Ossaim veiculam o axé oculto, pois o verde é uma das qualidades do preto. As folhas e as plantas constituem a emanação direta do poder da terra fertilizada pela chuva. São como as escamas e as penas, que representam o procriado. O sangue das folhas é uma das forças mais poderosas, que traz em si o poder do que nasce e do que advém.
É preciso esclarecer que o sangue (ejé) é um elemento essencial no Candomblé. Três são os tipos de sangue: o vermelho, dos animais, do azeite-de-dendê, do mel; o preto (verde), do sumo das folhas, e o branco, do sêmen, do vinho de palma, da água.
As folhas constituem o fundamento inicial do Candomblé. Antes de passar por qualquer ritual, o neófito tomará o banho de ervas (amassi) que o purificará e será sua primeira consagração dentro do culto. É com o amassi que se lavam os colares, os objetos rituais do ibá, a cabeça, a alma e o corpo dos iniciados. É sobre as folhas sagradas de ossaim que repousará o iaô em sua consagração ao orixá. É com as folhas que os animais consentem o sacrifício. Ossaim é, portanto, a primeira consagração no Candomblé: primeira e constante, pois a folha faz parte do dia-a-dia dos adeptos do Candomblé; Ossaim é imprescindível à religião, aos orixás e aos iniciados.
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e não servem para o banho ritual. Nem todas as folhas servem para os ritos do Candomblé. Nos banhos de amassi, por exemplo, devem ser utilizadas folha não-leitosas que não queimem; outras, como o Oju-orô, devem passar por uma preparação especial antes de ser utilizadas nos banhos. Em outros termos, existem folhas que podem ser usadas nos rituais e folhas que não podem; outras devem passar por ritos especiais, algumas folhas não servem para o banho. Enfim, as folhas possuem inúmeras utilidades dentro e fora do Candomblé, mas é preciso que o sacerdote saiba utilizá-las de maneira correta.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que conseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflete, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn - mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas - e os Babalawó - sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima à fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam, do panteão jeje assimilado pelos nagô, como Nana, Omolu, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia ioruba. Contudo, é evidente que entre os jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.Uma confusão latente se refere ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra

oxosse


Oxosse ; o rei das matas

Oxosse como os demais orixás é uma divindade, que tem sua vibração de energia própria.
É também considerado e tido, como o rei da Nação Ketu,é o deus dos caçadores.
É basicamente cultuado no Ketu, onde chegou a receber o título de rei do Ketu.
Para os seguidores das religiões Afro, e também para os yorubanos, essa divindade é de grande importância e destaque, pois ele torna as caças fartas,n garantindo assim abundante alimentação.
Oxosse, protege tanto o homem que mata os animais como os próprios animais, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimentos pára outros seres . Protege também os antagonismos, o caçador e a caça, pois são seres do mesmo espaço :a floresta.Por essa razão Oxosse nunca aprova a matança pura e simples. Para essa divindade a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos e os rituais para os deuses, sendo um sim,bolo de resistência a caça predatória. Por tanto sendo como é o protetor dos animais, não admite que a caça seja predatória.Oxosse é tradicionalmente associado a lua e por conseqüência , é a noite o melhor momento para a caça.De acordo com as lendas Oxosse, tem sua origem em Ikeja, localidade de Ibewji –Ode. Tendo seu templo em Aboney, no edde Lissa de maou. Tendo como axé um arco e uma flecha de ferro fundido, símbolos estes que estão ligados á caça..As lendas contam ainda que a cor principal de oxosse é o azul celeste. Diz ainda que o primeiro Oxosse foi um caçador chamado Ibó.
O grande caçador livrou seu povo de um monstro usando uma única flecha. Orixá da fartura , da caça
Este orixá é o provedor . Sua habilidade para a caça garante a alimentação dos outros orixás. Assim as pessoas que trabalham para garantir o sustento da família podem contar com a proteção dessa divindade cujos atributos são a fartura e a perseverança, é preciso esperar para saber a hora certa de atirar a flecha . Oxossi também é o deus da agricultura e da natureza. Seus pais são Oxalá e Iemanjá . Esta associado a São Jorge e São Sebastião.
OXOSSE OXO=CAÇADOR ; OSSI = NOTURNO

Dia da semana quinta feira
Cor azul turquesa cor do céu no inicio do dia
Saudação okiarõ bom dia em ioruba
Numero 6
Elemento ar
Domininio matas e caça
Vela azul clara (afasta a tristeza e atrai o dinheiro
Instrumento ofa (ARCO E FLECHA)

Oxosse é filho de oxalá e yemonja, irmão de ogun e exu,Na áfrica é o orixá responsavel pela caça .Tradicionalmente, é associado á lua,por ser a noite o seu melhor momento para caçar. Irmão de Exu e Ogun, é um guerreiro solitário; não lidera ou comanda como ogun, mas luta pela sobrevivência da tribo, pois dele depende seu sustento. Seu símbolo é o arco e a flecha, geralmente de ferro e o erukere rabo de cavalo usado só pelos reis,
Como orixá,sua responsabilidade em relação ao mundo é garantir a vida dos animais, que somente são sacrificados por absoluta necessidade de alimentação.
O culto a esse orixá é bastante difundido no Brasil, mas pouco lembrado na nigéria,m o que se deve ao fato de oxosse ter sido cultuado basicamente na cidade de keto (terra dos panos vermnelhos) onde foi consagrado como rei.No século XIX,devido ao tráfigo negreiro , a cidade foi praticamente destruída pelos saques das tropas do rei Daome. Os filhos consagrados a Oxosse foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba.
É o orixá que cultua o próprio individualismo , tendo determinação para qualquer combate.
A cada ano após a colheita,. O rei de Ijexa saudava a abundancia de alimentos com uma festa, oferecendo á população inhame, milho e coco.O rei comemorava com sua família e seus súditos , só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas comn a desconsideração enviaram á festa um passaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.
O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande passaro.Então o rei aborreceu-se , mas mandou-o embora.
Um segundo caçador se apresntou,este com quarenta flechas, o fato se repetiu-se novamente e o rei mandou prende-lo.
Bem próximo dali vivia Oxósse, um jovem que costumava caçar á noite, antes do sol nascer, ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro.Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de oxosse, temendo pela vida do filho, consultou um babalao e os obis mostraram que, se fosse teria uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha.Nesse exato momento, Oxosse deveria atirar sua única flecha. E assim fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei , agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de Keto. ‘terra dos pássaros vermelhos”, onde Oxosse governou até a sua morte, tornando-se depois um Orixá.
Senhor das matas, das úmidas florestas Oxosse é o maior entre todos os caçadores, provedor de sua gente e Orixá da fartura e da alimentação.Com Ogum aprendeu a arte da caça e com empenho e destreza tornou-se o ícone da perfeição, o cçador de uma única flecha, que jamais erra o seu alvo
Ode significa caçador , é o titulo de Oxosse por excelência, mas o nome com o qual este orixá ficou conhecido no Brasil revela todo o seu poder numa das mais lindas histórias que a África nos legou.
Quando o reino de Ifé prepearava-se para comemorar a festa dos inhames novos, Ododua, o grande rei, vestiu-se com pompa e ao lado de sua corte foi festejar com o povo.Tudo estava bem até que as Iyamins,proprietárias dos pássaros da noite, mandaram uma ave gigantesca ,de péssimo agouro,para atemorizar a cidade, trazendo trágicas conseqüências para a mesma.O passaro assustador pousou no topo do palácio e a partir de então só desespero,tragédias e confusões ocorreram em ifé .Foi quando chamaram , para destruir , o passaro Oxó Togum, o caçador de 20 flechas, que não conseguiu seu intento.Então chamaram Oxó Togi, o caçador de 40 flechas, e Oxó Todotá., o caçador de 50 flechas, mas ambos fracassaram.Finalmente foi chamado Oxó Tocanxoxô , o caçador de uma única flecha.
Oxo Tocanxoxô era filho único e ao consultar um babalao, sua mãe soube que seu filho estava a um passo da morte ou da riqueza, mas, se ela fizesse uma oferenda, a morte se transformaria em riqueza.Ela foi a uma estrada e ofereceu uma galinha com o peito aberto às Iyamins e repetiu três vezes: “que o peito do passaro receba esta oferenda”, e no momento em que o peito do passaro se abriu recebeu a flecha certeira do caçador. O passaro morreu e o povo feliz, começou a gritar : Oxó ussi, Oxo Ussi, que significa o “guardião do povo”, e dessa expressão derivou-se o nome Oxossi.Garantir a alimentação ao seu povo é o grande atributo deste Orixá, que protege os caçadores e os animais, pois ambos são elementos do mesmo espaço, ou seja , a floresta, e preservar a mata, e conseqüentemente a natureza, é a principal missão de Oxossi.
Oxossi é também rei e senhor de Ketu, Orixá reverenciado em todos os terriros de candomblé que pertencem a esta nação. As festas de Oxossi são momentos de muita fartura e atraem inúmeros adeptos . Oxossi é também um Orixá avesso á morte, pois é expressão da própria vida.Para ele não importa o quanto se viva , desde que se viva intensamente.
Oxossi é uma longa estrada, que termina numa grande mata.Representa a continuidade, o desenvolvimento da natureza.Oxossi é a busca incessante do homem,mas este se perde no tempo, enquanto Oxossi continua na construção da civilização.

ogun


Ogum , o deus guerreiro

Ogum precede aos orixás vindo logo depois de Exu Leba de quem é muito amigo e companheiro, em muitas circunstâncias. Repete de todas as formas mais conhecidas da mitologia Universal. É o arquétipo do guerreiro. É o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza da produção e da expansão. Ele é o senhor dos caminhos, Deus do ferro e da guerra, briga pelo prazer da luta. É sempre fiel aos seus princípios, e é muito mais paixão do que razão. Gosta de vir a frente de todas as lutas. A força dele está tanto na coragem de se lançar a luta, como na objetividade que o domina nestes momentos é implacável apaixonadamente destruidor e vingativo. Esse orixá sempre ataca seus inimigos pela frente de peito aberto, como um verdadeiro e clássico guerreiro. Fora da guerra, o mesmo representa o Orixá da alegria, da divisão, da delicia de viver, especialmente em contato com os amigos
Guerreiro imbatível ele é um pai protetor e sábio conselheiro de seus filhos.
Senhor da guerra . Ogum é o desbravador de todos os caminhos . Nos mitos africanos. Foi ele quem criou o ferro e a metalurgia, abrindo novas perspectivas para o avanço da civilização. É valente e impetuoso, permanecendo junto de seus filhos em todas as lutas . Protege os agricultores , os soldados, os artesãos e todos que lidam com ferro ou aço. Filho de Oxalá e Yemonja está associado a Santo Antonio e a são Jorge.
OGUN - GUN = GUERRA

Dia da semana terça feira
Cor azul escuro ( cor do metal quando aquecido na forja)
Saudação Ogunhe ( ola ogun)
Numero 4
Elemento metais ferro
Domínio todas a s ligações que se estabelecem em diferentes lugares a estrada de ferro
Vela azul escura (atrai tudo o que é limpo verdadeiro , prospero)
Instrumento espada de ferro

Divindade masculina iorubana, filho mais velho de odudua, o fundador da cidade de ifé, considerada a capital religiosa dos iorubanos. Ogum é o orixá da guerra , deus do ferro, divindade que usa a espada e forja o ferro,transformando-o em instrumento de luta.É o patrono da forla produtiva que trabalha a natureza ; é portanto, o protetor dos militares e combatentes em geral.
Irmão mais velho de exu, ele teria muita coisa em comum com este,além de um caráter instável e arrebatador. Ogum também tem ascendência sobre os caminhos.
Os lugares consagrados a ogum ficam ao ar livre,na entrada das casas e terreiros. Geralmente são pedras em forma de bigorna janto as arvores. Ogum é representado também por franjas de palmeira ou dendezeiro desfiadas chamadas de mariwo que pendurados nas portas ou janelas representam
Proteção cortando as más influencias e protegendo contra pessoas indesejáveis.
O culto a Ogum é bastante difundido tanto no Brasil como na Nigéria.Sem sua permissão e proteção , nenhuma atividade útil tanto no espaço urbano como no campo,poderia ser aproveitada. Deve ser invocado logo após exu ser despachado, abrindo caminhos para os outros orixás. Como na áfrica, ele é representado por sete instrumentos de ferro pendurados em uma haste de metal.
Ogum era o filho ´predileto de orumila essa preferência devia-se a sua abnegação ,pois quando estava construindo o mundo, esparramando a terra com sua espada de cristalpara formar os continentes, a mesma partiu-se ; mas ele não desanimou e voltou para continuar o trabalho com sua espada de ferro .
A primeira cidade que Ogum construiu foi Ire, deixando seu filho na chefia do governo, em seguida partiu para fundar outras cidades. Muito tempo depois ele retornou mas teve a impressão de que ninguém o reconheceu e ficou colérico..naquele dia , por fatal coincidência , acontecia uma cerimônia onde não era permitido falar, o que teria causado a Ogum a impressão de que o estavam desprezando.Uma outra lenda afirma que ele não teria reconhecido a cidade em que fundara,tratando a população como inimiga.
Enfurecido, Ogum foi dizimando a todos.Mais tarde quando seu filho pode falar com ele então percebeu o erro,mas já era tarde demais. O guerreiro ficou tão arrempendido que preferiu morrer.
Assim ele baixou sua espada em direção ao chão e , da mesma maneira que a utilizara para destruir seus inimigos com um gesto violento abriu um grande buraco no chão e afundou terra adentro. Esta emoção somada a força do guerreiro, transformou Ogum num orixá.
Entre os orixás da floresta . ogum é o pioneiro: o primeiro e maio entre todos os caçadores, o orixá que abriu as picadas na mata e conduziu a humanidade á civilização e ao progresso.Contudo , ao descobrir os prazeres da guerra e da conquista, ogum percebeu sua grande vocação e utilizou sua arte , a de ferreiro, ´para produzir as armas que garantiriam a vida e o sustento dos seres humanos..Com suas habilidades de ferreiro,ogum não criou apenas espadas e lanças, fez também arados,enxadas, pás e outros instrumentos indispensáveis para o plantio.Portanto, a grande guerra de ogum é pela sobreviv~encia e suas armas não visam á destruição, pelo contrario, são utensílios que constroem, seja as leiras dos campos cultiváveis, auxiliando nas plantações, seja o progresso, representado pelas estradas e pela tecnologia.
Ogum é o orixá do avanço , da vanguarda. O guerreiro obstinado que jamais desiste de uma batalha sem antes atingir seus objetivos. Ogum é o orixá que insiste onde todos já desistiram, por isso seu nome tornou-se sinônimo de guerra e vitória.Na áfrica , ogum reinou na cidade de ire, e expandiu seu território por diversas cidades vizinhas.Ogum chegou a ser regente de Ifé quando Ododua, seu pai, esteve impossibilitado.Não existe na África negra cidade que não se curve diante de ogum, seja por seu poderio militar, seja por sua benevolência e senso de justiça – que nunca permitiu que seu povo sucumbisse á fome. Ogum é o orixá mais cultuado e mais amado em toda a África.Nas terras de Ire, ogum era o senhor absoluto.Em sua honra, em determinadas ocasiões, os moradores faziam voto de silencio, não diziam nenhuma palavra e jejuavam o dia todo. E foi em um desses dias que Ogum chegou em sua aldeia. Ninguém atendeu os seus pedidos nem respondeu as suas perguntas. Ele se irritou e passou a quebrar tudo que achou pela frente, e logo reverteu sua ira osbre as pessoas. Muitas cabeças rolaram até que seu filho trouxe suas oferendas preferidas e explicou que em sua honra nenhum habitante da cidade deveria falar naquele dia.Então, ogum lamentou sua violência desenfreada e declarou que já havia vivido o bastante . Baixou a ponta de sua espada ao chão e desapareceu no interior da terra entre ruídos ensurdecedores, e disse algumas palavras que , repetidas no decorrer de um a batalha, o trazem de volta em
Socorro de quem o evocou, mas se não encontrar o inimigo é contra o imprudente que se voltaráUm de seus oriquis pode ser proferido para atarir a sua força e dar coragem para enfrentar qualquer batalha, principalmente as batalhas do dia a dia.Em todos os cantos da áfrica negra, ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com sua bravura .Matou muita gente mas matou também a fome de muitas pessoas por isso, antes de ser temido , ogum é amado

exu


EXU

Filho primogênito de Oxalá e Yemonja , o irreverente Exu é o mensageiro dos deuses . Simboliza a energia dinâmica , associada á sexualidade e a multiplicação. Conta-se que certa vez, Exu devorou tudo o que havia no mundo, mas depois devolveu multiplicado. Por isso. Ele é o primeiro orixá a receber oferendas ele leva tudo ao reino dos orixás e depois devolve multiplicado para a humanidade, em forma de axé que é a energia vital.
Presente na mitologia Grega com priapo. Ele não é o pecado e sim a liberdade.
EXU = ESFERA
Dia da semana segunda feira
Cores vermelho (ativo) e preto ( absorção de conhecimento)
Saudação laroie salve exu
Numero 1
Elemento fogo
Domínio encruzilhada
Velas preta (conhecimento) e vermelha (coragem)
Instumento tridente


Exu, com sua natureza andrógina é o primeiro a ser citado, servindo como intermediário entre todos os orixás e os seres humanos.E o principio dinâmico que possibilita a existência . responsável pelo destino de cada um.De acordo com o mito,cada pessoa antes de nascer escolhe seu destino,determinando as características individuais de sua personalidade.
Exu é o regulador do cosmos, o deus da ordem. È o recadeiro das divindades so para fins úteis , passando a ser brincalhão quando a pergunta é fútil.Tem forte ligação com o fogo, mostrando seu lado ativo,de crescimento. Exu não é o escravo do orixá nem pode ser sincretizado com o diabo, como muitos brasileiros, baseados na tradição católica, acreditam ser.
Seu símbolo não é o tridente associado ao diabo, mas sete ferros voltados para cima representando os sete caminhos do homem, os sete chacras ( pontos de captação, distribuição e armazenamento de energia) as sete cores, as sete auras. È o mais humano dos orixás , sendo uma divindade de fácil relacionamento.
Não é dele a responsabilidade de decidir o que é certo ou errado: apenas realiza a tarefa para a qual foi invocado Teria o mesmo papel que o deus mercúrio na mitologia grega, o mensageiro dos deuses olímpicos encarregado de todos os seus negócios , até mesmo os desonestos.sua função de contato entre o babalao e os demais orixás faz com que supere o real e atinja o supra-real, o mágico.São os orixás que respondem no jogo de búzios, mas é exu que traduz as respostas .
No jogo de búzios, os olhadores representam os filhos de Exu, independentemente de seus orixas de cabeça, pois são os recadeiros entre os orixás e os seres humanos. Altamente comunicativos, tem grande capacidade de ouvir os outros e compreender seus problemas.
Orumila tinha tres filhos. Ogum, Xangô e Exu. Este último
Era muito briguento, vivia lutando.Ele era diferente porque não era filho de Iemanjá, deusa do mar, mas de Oxum, deusa do oráculo e da adivinhação.
Um dia Exu disse á mãe que estava com fome e queria comer o animal domestico, ela consentiu, mas a fome não passou.Exu comia tudo o que via pela frente; árvores, pastos, animais; chegou até mesmo a comer o mar.Quando estava para comer o céu,Orumila mandou que matasse o irmão, assim foi feito e a paz voltou a reinar temporariamente.
Depois disso,o pouco que sobrou dos rebanhos foi dizimado pelas pestes, as colheitas não produziam frutos e os homens caíam doentes.Um sacerdote de Ifá consultou o opele ifá e este respondeu que Exu estava com ciúmes e queria mais atenção, mesmo em forma de espírito.Desse dia em diante, nemhuma oferenda foi possível sem que Exu fosse servido em primeiro lugar.
Exu é o mais astuto dos orixás. Ele adora provocar mal – entendidos e discussões: aprecia muitíssimo as oferendas que são consagradas a ele, caso nada lhe seja oferecido, seu espírito brincalhão não demorará a criar encrencas.
Certa vez diz a lenda, dois camponeses amigos esqueceram de fazer suas oferendas na segund-feira.Eles eram vizinhos, sendo suas terras separadas por uma grande porteira.Exu colocou sobre a cabeça um chapéu pontudo de duas cores, de um lado vermelho e do outro branco,e foi passear nas fazendas, andando por cima da cerca.Cumprimentou o trabalhador da esquerda e depois o da direita.
Assim que Exu foi embora,os dois comentaram sobre o chapéu , que era grande e pontudo chamando a atenção ; houve muita confusão porque um achava que era branco e o outro firmava que era vermelho.Os dois tinham razão em defender seu ponto de vista e , irritados, atracaram-se até a morte. Exu apareceu, dando uma enorme gargalhada. Ele havia se vingado dos doisApesar de lenda mostrar este lado perverso de Exu, ele pode ser o mais benevolente dos orixás se tratado com respeito e consideração pelos humanos

onilé


Onilé é uma divindade feminina relacionada aos aspectos essenciais da natureza, e originalmente exercia seu patronato sobre tudo que se relaciona à apropriação da natureza pelo homem, o que inclui a agricultura, a caça e a pesca e a própria fertilidade. Com as transformações da sociedade iorubá numa sociedade patriarcal ou patrilinear, que implicou a constituição de linhagens e clãs familiares fundados e chefiados por antepassados masculinos, as mulheres perderam o antigo poder que tiveram numa primeira etapa (um mito relata que, numa disputa entre Oiá e Ogum, os homens teriam arrebatado o poder que era antes de domínio das mulheres).
Os antepassados divinizados tomaram o lugar das divindades primordiais e houve uma redivisão de trabalho entre os orixás. As divindades femininas antigas tiveram então seu culto reorganizado em torno de entidades femininas genéricas, as Iá-Mi-Oxorongá, consideradas bruxas maléficas pelo fato de representarem sempre um perigo para o poderio masculino, e vários orixás tiveram dividido entre si as atribuições de zelar pela Terra, agora dividida em diferentes governos: o subsolo ficou para Omulu-Obaluaê e para Ogum, o solo para orixá-Ocô e Ogum, a vegetação e a caça para os Odés e Ossaim e assim por diante. A fertilidade das mulheres foi o atributo que restou às divindades femininas, já que é a mulher que pári, que reproduz e dá continuidade à vida. Constituiriam-se elas então em orixás dos rios, representando a própria água, que fertiliza a terra e permite a vida: são as aiabás Iemanjá, Oxum, Obá, Oiá, Euá e outras e também Nanã, que como antiga divindade da terra, representa a lama do fundo do rio, simbolizando a fertilização da terra pela água.
Onilé teve seu culto preservado na África, mas perdendo muitas das antigas atribuições. Hoje ela representa nossa ligação elemental com o planeta em que vivemos, nossa origem primal. É a base de sustenção da vida, é o nosso mundo material. Embora sua importância seja crucial do ponto de vista da concepção religiosa de universo, os devotos a ela pouco recorrem, pois seu culto não trata de aspectos particulares do mundo e da vida cotidiana, preferindo cada um dirigir-se aos orixás que cuidam desses aspectos específicos. No Brasil, como aconteceu com outros orixás, seu culto quase desapareceu. Certamente um fator que contribuiu para o esquecimento de Onilé no Brasil é o fato de que este orixá não se manifesta através do transe ritual, não incorpora, não dança. Outros orixás importantes na África e que também não se manifestam no corpo de iniciados foram igualmente menos considerado neste País que, por influência do kardecismo, atribui um valor muito especial ao transe. Foi o que aconteceu com Orunmilá, Odudua, Orixá-Ocô, Ajalá, além da Iá-Mi-Oxorongá. É interessante lembrar que o culto de Ossaim sofreu no Brasil grande mudança, passando o orixá das folhas a se manifestar no transe, o que o livrou certamente do esquecimento. O culto da árvore Iroco também se preservou entre nós, ainda que raramente, quando ganhou filhos e se manifestou em transe, sorte que não teve Apaocá.
Na Nigéria mantém-se viva a idéia de que Onilé é a base de toda a vida, tanto que, quando se faz um juramento, jura-se por Onilé. Nessas ocasiões, é ainda costume pôr na boca alguns grãos de terra, às vezes dissolvida na água que se bebe para celar a jura, para lembrar que tudo começa com Onilé, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte.
Um mito que já tive o prazer de contar em outras ocasiões ensina qual é a atribuição principal de Onilé, como ela está associada ao chão que pisamos e sobre o qual vivemos nós e todos os seres vivos que formam o nosso habitat, nosso mundo material